sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

EEEP Alan Pinho participa do II Encontro Cearense de Aprendizagem Cooperativa


EEEP Alan Pinho Tabosa participou do II Encontro Cearense de Aprendizagem Cooperativa entre os dias 10 e 12 de dezembro no Ponta Mar Hotel em Fortaleza. O encontro contou com a presença de representantes do Programa de Educação em Células Cooperativas (PRECE), da Secretaria da Educação do Estado do Ceará, de diretores, professores e estudantes de escolas públicas das redes estadual e municipal, além de professores e estudantes da Universidade Federal do Ceará. A conferência de abertura do encontro foi ministrada pelos professores David e Roger Johnson, pesquisadores da Universidade de Minnesota/EUA que sistematizaram a metodologia de aprendizagem cooperativa. 
Profº. Edgar Linhares, presidente do Conselho de Educação do Ceará, Profª. Tereza Lima, coordenadora da Coordenadoria de Formação e Aprendizagem Cooperativa, Profº. Manoel Andrade coordenador da Coordenadoria de Protagonismo Estudantil da SEDUC, Profº Roger Johnson, da Universidade de Minessota, Profª. Izolda Cela Secretária de Educação do Estado do Ceará, Profº David Johnson, da Universidade de Minessota e Profº Custódio Almeida, Pró-Reitor de Graduação da UFC.



Sistematizadores da Metodologia de Aprendizagem Cooperativa visitam a EEEP Alan Pinho Tabosa
   
Nesta quinta-feira, dia 13 de dezembro, os irmãos David e Roger Johnson visitaram a EEEP Alan Pinho Tabosa, para conhecerem a primeira instituição formal de ensino no Brasil a utilizar a Aprendizagem Cooperativa como metodologia. Na ocasião, os estudantes e professores trocaram experiências com os pesquisadores, houve ainda uma homenagem organizada pela professora de inglês Kacy Brubaker e seus estudantes para os convidados.
Roger Johnson acompanhando grupo de estudos do curso Acadêmico
David e Roger com professores da escola
David acompanhando grupos de estudo do curso de Aquicultura
 


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

OLP 2012

O professor, Magno Gomes, e a estudante, Letícia Bezerra, foram os representantes do Município de Pentecoste na Categoria Crônica da 3ª Edição das Olimpíadas de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro promovida pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e apoiado pela Fundação Itaú Social e o MEC.





Os representantes chegaram até a etapa Regional que aconteceu nos dias 05, 06 e 07 de novembro em Natal/RN. Nesta etapa professor e estudante participaram de diversas oficinas, programação cultural e formação. E no dia 07 foi realizada a Cerimônia de Premiação e Divulgação dos Finalista para a Etapa Nacional que ocorrerá em Brasília nos dias 09 e 10 de dezembro. Na ocasião, professor e aluno, foram contemplados com a Medalha de Bronze.

 Na categoria Crônica tiveram 3 milhões de Textos produzidos nas mais diversas escolas de todo o Brasil. Foram escolhidas apenas 01 por escola, 01 por Município e a cada etapa ia afunilando ainda mais o número de crônicas selecionadas. Ao Final, restaram apenas 38 crônicas para Seletiva Nacional.    








sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Homenagem OLP

A estudante Letícia com o professor Magno


Na última terça-feira, 30 de outubro, a EEEP Alan Pinho Tabosa recebeu da Comissão Organizadora da Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - Edição de 2012 uma faixa parabenizando tanto o professor de Língua Portuguesa, Magno Gomes, quanto a estudante, Letícia Bezerra, pela classificação nas semifinais da Olimpíada.
Toda comunidade escolar parabeniza e torce pelos seus representantes.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Oficina de Leitura, Escrita e Análise Linguística

Foram realizadas nos dias 23 e 30 de outubro na EEEP Alan Pinho Tabosa oficinas voltadas para o ensino das estratégias de Leitura, Escrita e Análise linguística com o intuito de desenvolver e aprimorar tais habilidades nos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio. 

As atividades foram desenvolvidas pelos estudantes universitários da Universidade Federal do Ceará sob orientação da professora Dra. Ana Célia Clementino Moura. Os Estudantes de Letras - Johnny, Suelei, Samile e Jessica - ministraram as oficinas com todas as turmas da escola. No primeiro dia foram trabalhos as predições e esquemas de leitura e escrita, já no segundo dia a proposta de trabalho foi a análise linguística com redações escritas pelos estudantes na primeira oficina.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Halloween da EEEP Alan Pinho Tabosa

Hoje, 29/10, a partir das 17h30 será realizado na EEEP de Pentecoste a Festa de Halloween. Será um envento de integração com a disciplina de Língua Inglesa, ministrada pela professora Norte-americana Kacy Brubaker. 
  Esse evento tem o intuíto de promover um maior contato e interação com os aspectos culturais das comunidades falantes da língua inglesa.
Haverá no eventos músicas, danças e comidas típicas da data.




sábado, 27 de outubro de 2012

EEEP na IV Feira das Profissões UFC

26/10 - Turmas Agroindústria e Aquicultura
Do dia 24 à 26 de outubro aconteceu na Universidade Federal do Ceará a IV Feira de Profissões. Esse evento é uma promoção da Pró-Reitoria de Graduação com o intuito de "promover o diálogo da Universidade com os Estudantes do Ensino Médio, esclarecendo suas dúvidas e dando subsídios para que a escolha do curso superior seja feita de forma mais consciente" palavras da professora Sônia Castelo Branco.






24/10 - Turmas Acadêmico e Informática
Sabendo da importância do Evento a EEEP Alan Pinho Tabosa proporcionou aos seus estudantes esse contato com os Estudantes Universitários da UFC. Para isso, a escola visitou a Feira durante dois dias, no primeiro (24/10) foram as turmas Acadêmico e Informática e no segundo (26/10) foram as turmas Agroindústria e Aquicultura. Cada estudante teve a oportunidade de visitar e conhecer todos os standes dos Cursos oferecidos pela Universidade.



As atividades não ficaram só na visitação da Feira. Os estudantes formaram grupos de 05 pessoas e escolheram um articulador para poderem fazer o relatório de visitação. Esse relatório consiste em realizar um detalhamento de do mínimo dois cursos visitado pelo grupo para que depois possa ser feito uma apresentação desses cursos para os estudantes das outras escolas do Município que não tiveram oportunidade de visitar a Feira.

sábado, 20 de outubro de 2012

EEEP Alan Pinho Tabosa na Olimpíada de Língua Portuguesa

A Escola Estadual de Educação Profissional Alan Pinho Tabosa tem estudante semifinalista na 3ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. O texto selecionado foi escrito pela estudante Letícia Nunes Bezerra, do curso Acadêmico, na categoria Crônica com o Título Pedido de Voto. A estudante irá participar da Seletiva Regional, que acontecerá em Natal/RN nos dias 05, 06 e 07 de novembro, juntamente com o professor de Língua Portuguesa Magno dos Santos Gomes.
Desde já, todos da EEEP Alan Pinho Tabosa parabeniza tanto a estudante quanto o professor pelo excelente trabalho realizado.

terça-feira, 19 de junho de 2012

I Arraiá da EEEP Alan Pinho Tabosa e EPC Pentecoste

 
 
CONVITE

A EEEP Alan Pinho Tabosa e Escola Popular Cooperativa de Pentecoste convidam a todos a participarem do nosso I arraiá. Será realizado dia 23 de junho de 2012, a partir das 19hs no estacionamento da Escola Profissional de Pentecoste. Teremos quadrilha junina, comidas tipicas, forró pé de serra e muito mais.

Contamos com a presença de todos.

Atenciosamente,

EEEP Alan Pinho Tabosa e Escola Popular Cooperativa de Pentecoste.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

EEEP Alan Pinho Tabosa realiza projeto de incentivo à leitura


A biblioteca da EEEP Alan Pinho Tabosa, com apenas 4 meses de funcionamento já contabiliza alguns dados que convém divulgarmos. Vale ressaltar que, só começamos a fazer os empréstimos domiciliares, há 2 meses e poucos dias, depois do tombamento dos livros, que somam 578 exemplares.

Vamos começar pelos empréstimos: até a presente data já somam 388 livros emprestados, sendo 45 para a turma de Informática, 98 para a Acadêmica, 101 para Agroindústria e 141 para a Aquicultura, além de 3 para pessoas da comunidade. Observamos também, que a maioria dos estudantes já tem cadastro na biblioteca, porém ainda falta uma parcela significativa de 50 estudantes que ainda não o fizeram, sendo 18 da turma de Informática. Importante lembrar que esses empréstimos são de obras literárias, os livros didáticos não entram nesta contagem.

E para incentivar ainda mais nossos estudantes a leitura de bons livros estamos desenvolvendo desde o dia 16 de abril, o Projeto Partilha Literária, que contribui também para a divulgação do nosso acervo. Com duração de um mês, a 1ª etapa do projeto funcionou da seguinte forma: todos os dias nos reuníamos na biblioteca no mesmo horário (12h 30 min) e dois ou mais leitores partilhavam para um grupo de aproximadamente 10 a 15 pessoas obras que eles leram ou estavam lendo. Na 2ª etapa do projeto, resolvemos escolher apenas um dia da semana para as partilhas, então todas as quartas-feiras, no intervalo do almoço é hora de partilhar um livro com os colegas.

Os livros do dia são sempre divulgados e já se percebe pelos registros e anotação de reservas que o projeto vem cumprindo seu propósito que é fomentar a leitura. Contamos também com o apoio e a parceria do professor de Língua Portuguesa Magno Gomes, que muito tem incentivado a exploração do acervo e contribuído para dar continuidade no Ensino Médio ao processo de formação de bons leitores, sedentos de conhecimentos e experiências vividas que transmitam valores e sentido para a existência.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

II Seminário de Aprendizagem Cooperativa fomenta protagonismo estudantil na 11ª crede

II Seminário de Aprendizagem Cooperativa fomenta protagonismo estudantil na 11ª crede

928Realizado com jovens de todas as escolas públicas estaduais da 11ª CREDE, nos dias 03 e 04/04, o II SEMINÁRIO SOBRE APRENDIZAGEM COOPERATIVA teve como objetivo fomentar o protagonismo dos jovens e contou com um público de 86 participantes.

O evento contou com a presença da Coordenadora da Crede de Jaguaribe, 07 técnicos do Núcleo Regional de Desenvolvimento da Escola (NRDEA) e ainda de gestores e professores das escolas da referida região.

A mediação do Seminário e das oficinas foi realizada por 14 facilitadores, sendo 11 ligados à Coordenadoria de Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem (CODEA) e 03 à Escola Estadual de Educação Profissional de Pentecoste. De acordo com a Coordenadora Elizabete Araújo, esta equipe é bastante disponível e competente.

"A receptividade dos jovens e dos gestores nos mostrou o que esperávamos: essa iniciativa é, sim, o caminho para fortalecer nossa juventude", declarou Elizabete.

Na ocasião, foi feito uma agradecimento especial, em nome de todas as escolas, ao professor Manuel Andrade, Coordenador de Protagonismo Estudantil, da SEDUC, e a toda sua equipe.

"Essa ação terá continuidade com a visita à escola de Pentecoste e a implantação das Células Estudantis nas escolas da regional, a partir da chamada de adesão a ser lançada em breve", concluiu a Coordenadora.

APRENDIZAGEM COOPERATIVA: é uma metodologia na qual estudantes trabalham juntos em grupos heterogêneos para resolver um problema, concluir um projeto ou algum outro objetivo pedagógico. Para o desenvolvimento dessas atividades, os estudantes devem contar com a orientação de um professor ou de um facilitador que será responsável por garantir a presença dos cinco elementos básicos da Aprendizagem Cooperativa, necessários para a correta utilização do método.


Estes cinco elementos básicos são: a) Interação social (face-a-face); b) Responsabilização individual; c) Desenvolvimento de habilidades sociais; d) Processamento de grupo; e e) Interdependência social positiva (JOHNSON &; JOHNSON, 1998).


Mais informações:
11ª Crede
Tel: (88) 3522.2352
10.04.2012
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Educação
imprensa@seduc.ce.gov.br

quinta-feira, 22 de março de 2012

Estudante da EEEP Pentecoste cria poesia em homenagem aos professores

O estudante  Rômulo Nunes Martins do primeiro ano do Ensino Médio do curso de Aquicultura da EEEP Pentecoste, criou a poesia intitulado OBRIGADO PROFESSOR. A Poesia foi declamada no dia 14 de março no evento realizado pela referida escola para comemora o dia da Poesia no Brasil.
 

Obrigado Professor


Obrigado professor
Por não ser aquele que só ensina
Mas aquele que aprende junto com a gente.

Obrigado pelas broncas
E pelas críticas construtivas
Não me zango pois com elas
Vou formando minha vida

Reconheço seu trabalho
Apesar de mal recompensado.
Mas tenho certeza que um dia será bem gratificado
Ao ver aquele aluno que um dia ensinou
Vestindo uma beca e sendo formado.

Valorize seu trabalho
E saibas de uma coisa
Sem professor não há doutor,
Obrigado professor!!!
RÔMULO NUNES MARTINS...



sexta-feira, 16 de março de 2012

Dia da Poesia na EEEP Alan Pinho Tabosa - Pentecoste


Em comemoração ao Dia Nacional da Poesia, a EEEP Alan Pinho Tabosa, no último 14 de março, promoveu o evento PROSEANDO COM A POESIA. Na ocasião estiveram presentes poetas e poetisas de Pentecoste que partilharam suas experiências e apreciaram os trabalhos e as apresentações artísticas dos estudantes.O propósito do evento - coordenado pelo professor de Língua Portuguesa Magno Gomes, professora Vilma Teixeira e a bibliotecária Nicelly Marques - foi incentivar a leitura, divulgar o acervo da biblioteca e valorizar os artistas da Terra. A maioria dos convidados são integrantes da UBT (União Brasileira de Trovadores) de Pentecoste que tem como presidente Cléa Martins Campelo Vieira. Dona Cléa, que é membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE, coordenou a mesa de convidados. Contamos ainda com a participação do blogueiro e poeta Zé da Legnas, que recitou poesias de cunho social que vieram somar aos demais estilos (poesia romântica, religiosa e cômica).Estiveram também compondo a mesa, Ivone Forte Feijó (92 anos e professora de D. Cléa), José de Anchieta e Silva (Seu Zuza, escritor e historiador), Enedina Menezes Soares (dramaturga e membro da UBT), Romário Braga (Sócio fundador da UBT e membro da AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará) e Heloísa Feijó, criança convidada que encantou com seu talento, completando assim o encontro de diferentes gerações de trovadores considerados nosso patrimônio cultural, pois através da prática poética eternizam valores universais e transformam em memória a História do nosso povo.
Os alunos que tiveram participação especial declamando poesias de sua autoria, foram: da turma Acadêmica- Mônica Mota e Levi Matos; da Informática – Andreza Gomes e da Aquicultura – Rômulo Nunes e Renata Menezes. Outros alunos participaram recitando poesias de autores consagrados – Gabriela Dutra, Larissa Andrade (Acadêmico) e Litelton Firmiano (Agroindústria).
Para finalizar, o diretor da EEEP, Elton Luz, consagrou em suas palavras a realização do primeiro evento cultural da escola. Incentivou a participação de cada um dos estudantes que se propuseram a compartilhar as suas poesias, valorizou a receptividade e educação dos demais estudantes para com os convidados e agradeceu a participação dos poetas e poetisas. 


 

quinta-feira, 15 de março de 2012


ESCOLA PROFISSIONALIZANTE DE PENTECOSTE COMEMORA O DIA DA POESIA

A Escola Profissionalizante de Pentecoste comemorou hoje,  o Dia Nacional da Poesia que ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.

Com o auditório da escola lotado de estudantes, o dia de hoje foi regado a poesias, trovas, poemas e lindas histórias contadas nada mais, nada menos pelo pessoal da UBT - União Brasileira dos Trovadores, secção Ceará que estava muito bem representado pela poetisa Cléia Campelo, Romário Braga, José de Anchieta e Silva, o Seu Zuza e muitos outros.

Muitas foram as declamações que fizeram rir, e até emocionaram os mais de 200 estudantes e professores que estavam presentes comemorando um dia tão importante para a literatura brasileira. Este blogueiro que também é poeta (Zé da Legnas), e pai da estudante Natiane Pimentel, também teve oportunidade de declamar duas poesias de cunho social que além de chamar a atenção, são deveras emocionantes. Declamar "Criança de Rua" e "Mãe Adolescente" é uma das maiores realizações como poeta.

 Queremos parabenizar a iniciativa da Escola Profissionalizante de Pentecoste pela iniciativa, principalmente o seu diretor Elton Luz, juntamente com seu quadro de professores que se empenharam para promover um dia tão especial.
 
Parabenizamos também a todos os estudantes desta escola que é modelo em todo estado do Ceará, pelo seu comportamento, atenção e respeito com que receberam este poeta/blogueiro e também a todos os componentes da UBT que fizeram uma belíssima apresentação. Percebemos claramente que os estudantes da Escola Alan Pinho Tabosa tem um talento especial. O TALENTO DOS VENCEDORES.

Zé da Legnas

terça-feira, 13 de março de 2012

Avaliar para ensinar melhor


Da análise diária dos alunos surgem maneiras de fazer com que todos aprendam

Denise Pellegrini (dpellegrini@abril.com.br)
Observação atenta e constante: bases para uma avaliação que privilegia a aprendizagem e leva em conta o ritmo de cada estudante. Foto: Gilvan Barreto
Observação atenta e constante: bases para uma avaliação que privilegia a aprendizagem e leva em conta o ritmo de cada estudante. Foto: Gilvan Barreto
Quem procura um médico está em busca de pelo menos duas coisas, um diagnóstico e um remédio para seus males. Imagine sair do consultório segurando nas mãos, em vez da receita, um boletim. Estado geral de saúde nota 6, e ponto final. Doente nenhum se contentaria com isso. E os alunos que recebem apenas uma nota no final de um bimestre, será que não se sentem igualmente insatisfeitos? Se a escola existe para ensinar, de que vale uma avaliação que só confirma "a doença", sem identificá-la ou mostrar sua cura?

Assim como o médico, que ouve o relato de sintomas, examina o doente e analisa radiografias, você também tem à disposição diversos recursos que podem ajudar a diagnosticar problemas de sua turma. É preciso, no entanto, prescrever o remédio. "A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem", afirma a consultora Jussara Hoffmann.

Ênfase no aprender
Não é de hoje que existe esse modelo de avaliação formativa. A diferença é que ele é visto como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa.

Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma.

O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia.

Na prática, um exemplo de mudança é o seguinte: a média bimestral é enriquecida com os pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo.

A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma.

Conhecer o aluno
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final.

"Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto educacional, mas uma mudança social", afirma Sandra Maria Zákia Lian Sousa, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. "A mudança não é apenas técnica, mas também política." Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender.

Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades.
Teoria
Quando a LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem (o desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas numa prova ou num trabalho), usa outras palavras para expressar o que o jargão pedagógico convencionou chamar de avaliação formativa. O primeiro a usar essa expressão foi o americano Michael Scriven, em seu livro Medotologia da Avaliação, publicado em 1967. Segundo ele, só com observação sistemática o educador consegue aprimorar as atividades de classe e garantir que todos aprendam.

Muitos vêem a avaliação formativa como uma "oposição" à avaliação tradicional, também conhecida como somativa ou classificatória. Esta se caracteriza por ser realizada geralmente ao final de um programa, com o único objetivo de definir uma nota ou estabelecer um conceito - ou seja, dizer se os estudantes aprenderam ou não e ordená-los. Na verdade as duas não são opostas mas servem para diferentes fins. A avaliação somativa é o melhor jeito de listar os alunos pela quantidade de conhecimentos que eles dominam - como no caso do vestibular ou de outros concursos. A formativa é muito mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula.
O aluno como parceiro
Se seu objetivo é fazer com que todos aprendam, uma das primeiras providências é sempre informar o que vai ser visto em aula e o porquê de estudar aquilo. Isso é parte do famoso contrato pedagógico ou didático, aquele acordo que deve ser estabelecido logo no início das aulas entre estudantes e professor com normas de conduta na sala de aula.

A criança deve saber sempre onde está e o que fazer para avançar. Assim, fica mais fácil se envolver na aprendizagem. E dá para fazer isso até na pré-escola, desde que a maneira de dizer seja adequada à idade e ao nível de desenvolvimento da turma.

Quando o educador discute com os estudantes os objetivos de uma atividade ou unidade de ensino, dá meios para que eles acompanhem o próprio desenvolvimento.

E isso pode ser feito por meio da auto-avaliação (leia o texto ao lado). "Se o professor quer que os alunos se avaliem, deve explicitar por que e para que fazer isso. Ele precisa perceber como essa prática ajuda a direcionar todo o processo de aprendizagem", diz Janssen Felipe da Silva.

As conclusões da auto-avaliação podem servir tanto para suscitar ações individuais como para redefinir os rumos de um projeto para a classe como um todo. Esse processo pode ir além da análise do domínio de conteúdos e conceitos e mostrar como está a relação entre os colegas e com o professor.

A melhor maneira de pô-la em prática, na opinião de Janssen, é dizer à turma em que aspecto cada um deve se auto-avaliar. Uma lista de pontos trabalhados em sala pode ser apresentada aos alunos para que eles digam como se desenvolveram em relação a cada item.

Durante o processo de auto-avaliação, é importante que todos possam expor sua análise, discutir com o professor e os colegas, relatar suas dificuldades e aquilo que não aprenderam. "Nada garante que o olhar de uma criança vá ser igual ao do colega ou do professor", explica Sandra Maria Zákia Lian Sousa.

Além de ser mais um instrumento para melhorar o trabalho docente, a auto-avaliação é uma maneira de promover a autonomia de crianças e dos adolescentes. Para que isso realmente aconteça, o processo necessita ser democrático. "O aluno deve dizer sem medo de ser punido o que sabe e o que não sabe. Se ele percebe que não há punição nem exclusão, mas um processo de melhoria, vai pedir para se avaliar", garante Janssen.
Um alerta 
O professor que se atém ao comportamento do estudante e o rotula acaba tendo uma atitude prejudicial. O agressivo e conversador sempre tende a ser visto dessa maneira. Assim como o atencioso e comportado. Por isso, não classifique seus alunos como se eles fossem sempre do mesmo jeito, com hábitos imutáveis - e, o mais importante, incapazes de se transformar. O ideal é tentar entender por que se comportam de determinada forma diante de uma situação. Rotular não leva a nada.
Maria de Lourdes: envolvendo os alunos na própria avaliação
No Colégio Cenecista José Elias Moreira, em Joinville, interior de Santa Catarina, a avaliação vai além de provas, trabalhos e outras atividades formais. Em dois aspectos, pelo menos, a análise do professor se completa: na observação multidimensional e na auto-avaliação dos alunos.

Maria de Lourdes Montemor Picheth, que leciona Língua Portuguesa para a 4ª série, atua assim há quatro anos. Ela começa com um diagnóstico das capacidades de escrita e de comunicação dos alunos. Depois dá um retorno a cada um. "Mostro no que deve melhorar a produção, que aspectos vamos trabalhar", explica. A seguir, os principais passos do trabalho.
Fotos: Suzete Sandin
Fotos: Suzete Sandin
1. Maria de Lourdes acredita na importância de sempre manter os alunos informados sobre o que será desenvolvido em aula e o que espera deles. Diariamente ela coloca a agenda no quadro, relatando conteúdos a serem trabalhados, atividades e objetivos da aula. "Dessa maneira, eles reconhecem progressos e dificuldades", explica.

Fotos: Suzete Sandin
2. As auto-avaliações são de dois tipos: orais e escritas. As orais são feitas quinzenalmente. Em grupo, as crianças verificam no caderno o que foi trabalhado e se realmente aprenderam aquilo. "Eles são muito sinceros e dizem se não estão bem firmes no assunto, se têm dúvidas ou se não se lembram", descreve a professora. Já a escrita acontece no final do trimestre e diz respeito a todas as disciplinas. A aluna Laís Boaventura, por exemplo, admitiu que não gostava de falar e se sentia insegura. Trabalhadas as dificuldades, a situação mudou: "Hoje sinto que sou capaz de realizar atividades que pareciam muito difíceis".

Terminada a aula, Maria de Lourdes compara a auto-avaliação das crianças com seus registros. "Se a diferença for gritante, posso não estar olhando para a criança como deveria", reflete. As questões que, na opinião da turma, não foram aprendidas são retomadas em atividades diferenciadas. Os que já atingiram determinado objetivo também participam com interesse.
Fotos: Suzete Sandin
3. Para Maria de Lourdes, conhecer o aluno em outros aspectos que não apenas os relacionados aos objetivos alcançados é essencial. Por isso ela procura sempre ouvi-los. A professora conta ainda com a possibilidade de consultar o histórico do estudante, mantido pela escola. Lá estão os relatórios dos anos anteriores.

Fotos: Suzete Sandin
4. Quem apresenta comportamento diferenciado passa por entrevista com a orientadora Sílvia do Valle Nogueira. Depois os pais são ouvidos. Um dos alunos, Vanderson dos Santos, chegou ao Elias Moreira na 4ª série, mas com sérios problemas de alfabetização. Nas entrevistas, surgiu a informação de que o garoto havia passado por várias escolas e não tinha nenhum professor como referência. "Conhecendo a história dele, pude perceber não o que ele não sabia, mas o que não tinha tido oportunidade de conhecer", comenta Maria de Lourdes.

Com base nessas informações, a professora organizou um programa para Vanderson, que também foi encaminhado ao apoio pedagógico e teve aulas extras, fora do horário regular. "Ele cresceu dois anos em um e passou normalmente para a 5ª série", comemora Maria de Lourdes. "Se tivesse avaliado apenas sua capacidade de leitura, escrita e oralidade, constataria que ele não estava alfabetizado e que deveria ser reprovado."
Trocando em miúdos
No trabalho de Maria de Lourdes, a avaliação visa à melhoria da aprendizagem porque... 

a professora compartilha os objetivos do trabalho com a turma;

os alunos avaliam a si próprios e aos colegas, analisam os próprios progressos, sentem-se motivados a avançar e vêem limitações como algo a ser superado, não punido;

a professora observa o aluno sob vários aspectos — temperamento, expectativas, experiências de vida — , identificando necessidades e não "problemas" de aprendizagem;

os alunos sentem-se incluídos no grupo, têm diminuído seu sentimento de frustração por não acompanhar as atividades e passam a participar mais das aulas.
 "É difícil mudar, mas compensa"
Se você acha que é difícil mudar a maneira de avaliar, veja como a consultora Jussara Hoffmann responde às principais dúvidas dos professores.

É possível alterar o paradigma da avaliação diante das exigências burocráticas do sistema? Não é melhor começar por alterá-las? 
As exigências maiores do sistema são justamente uma avaliação contínua, o privilégio aos aspectos qualitativos e aos regimes não seriados. É isso o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No entanto, não são os estatutos que levam o professor a tomar consciência do significado de qualquer mudança.

O professor não acaba responsabilizado pelo fracasso de alunos desinteressados e desatentos? 
O professor não deve ser responsável pelos alunos, mas comprometido com a aprendizagem. Isso ele só faz se estiver atento nas respostas, nas dificuldades e nos interesses de cada um, não se baseando na média do grupo.

Como é possível alterar a prática considerando a existência de classes numerosas e o reduzido tempo do educador com as turmas
Por meio de experiências educativas em que os alunos interajam. Isso inclui sistemas de monitorias, trabalhos em duplas ou em grupos diversificados. Durante as atividades coletivas, ele circula, insiste na participação de um e de outro. Se a experiência interativa for significativa, o reflexo será percebido nas atividades individuais. O que ele não pode é querer dar uma aula particular a cada um dos 40 alunos.

Um professor desenvolveu um conteúdo e 70% dos alunos aprenderam. Se continuar trabalhando com os 30% restantes ele vai atrasar a maioria? Não! Se o professor organizar uma atividade suficientemente rica e desafiadora, os 70% estarão sempre evoluindo e ampliando conhecimentos, enquanto os demais poderão construir o entendimento.

Em que medida é possível formar alunos competentes sem uma prática avaliativa exigente e classificatória, isto é, competitiva? 
O modelo que vem pautando a escola é o do vestibular, que exacerba a competitividade entre os alunos. Esse modelo só favorece dois ou três numa sala de aula, porque todos os outros são "menos" que esses. A formação de um profissional competente está atrelada à autonomia moral, ao desenvolvimento intelectual, a uma auto-estima elevada. E a competição na escola não favorece isso.

Dá certo substituir as notas por relatórios ou pareceres? 
Respondo com outra pergunta. Dá certo relatar a aprendizagem de um aluno por meio de números? Eles são subjetivos e genéricos e não refletem com precisão muitas situações de aprendizagem que ficam claras em pareceres (leia o texto ao lado). Considero a avaliação o acompanhamento do processo de construção de conhecimento. E as médias não permitem isso.
Roberta: relatos da avaliação na forma de pareceres
Nada de notas. Desde o ano passado, a professora Roberta Rodrigues, da Escola Municipal dos Coelhos, no Recife, relata as avaliações em forma de pareceres. A medida é parte da mudança na proposta pedagógica implantada na rede que instituiu os ciclos. Agora, em vez de calcular médias, ela redige relatórios sobre cada aluno do 2º ano do 2º ciclo.

"Eu já não me prendia só às provas e às notas. Me guiava pelo que o aluno apresentava em sala de aula", lembra-se. Só que antes ela atribuía notas de 0 a 10. "Agora sei que o 8 do João não era igual ao 8 da Maria. Eles eram diferentes, embora tivessem a mesma nota." Roberta está animada com a nova maneira de trabalhar, apesar de ter mais tarefas. "É preciso registrar tudo o que acontece com as crianças, mas é compensador." Assim ela consegue resgatar o aluno que estava no cantinho da sala e que, no sistema seriado, seria reprovado. "É muito melhor ensinar a ler, a resolver problemas, a ter uma visão crítica de mundo do que dar uma nota que só serve para aprovar ou reprovar." Confira a seguir os principais passos do trabalho de Roberta.

1. Na sala de aula, as carteiras ficam na maior parte do tempo em "U", para que a professora esteja próxima de todos. Além da observação, ela utiliza instrumentos de avaliação diversificados. Cada um deles se adapta ao conteúdo estudado ou a seu objetivo no momento. Nos debates e nas intervenções das crianças durante as aulas, Roberta fica atenta na expressão oral. Nos exercícios escritos, na coerência e coesão dos textos ou no raciocínio em Matemática, por exemplo. Nos trabalhos em grupo, na solidariedade.

2. Roberta corrige em classe as atividades de cinco crianças, em média, por dia. Estabelecendo um rodízio, por sorteio, avalia todos com o mesmo objetivo, porém em atividades diferentes. Na hora da correção, vai perguntando os caminhos que cada um utilizou e pensa nas estratégias para fazê-los evoluir. Tudo é anotado.

3. Após as aulas, Roberta reorganiza as conclusões dessas conversas num caderno de apoio. Também coloca ali os pontos observados no decorrer da aula e que foram anotados precariamente numa tabelinha. Osregistros oficiais são feitos na caderneta da escola, em que não há lugar para notas, mas para os conteúdos trabalhados, as competências desenvolvidas e as estratégias utilizadas. Os relatórios são construídos durante todo o ano e servem de base para o planejamento diário. As dificuldades percebidas são trabalhadas, por exemplo, em monitorias e atividades em grupo. As crianças mais adiantadas auxiliam os colegas que ainda não compreenderam determinados conteúdos. Para os próximos professores esses registros serão valiosos. "Eles saberão exatamente com quem vão trabalhar", resume Roberta.
Trocando em miúdos
No trabalho de Roberta, a avaliação visa à melhoria da aprendizagem porque... 
. a professora usa a avaliação para investigar como os alunos estão aprendendo e o que deve ser feito para melhorar;

. os alunos percebem que a avaliação tem como objetivo fazer todos aprenderem e vêem o trabalho em sala ganhar sentido;

. a professora observa os estudantes individualmente, procurando sanar as dificuldades específicas de cada um;

. os alunos têm a oportunidade de desenvolver atividades que objetivam resolver suas dúvidas e progredir.
Instrumentos diversificados
Na avaliação formativa nenhum instrumento pode ser descrito como prioritário ou adotado como modelo. A diversidade é que vai possibilitar ao professor obter mais e melhores informações sobre o trabalho em classe (leia o texto ao lado). "A avaliação precisa ser processual, contínua e sistematizada", diz Janssen Felipe da Silva. Nada pode ser aleatório, nem mesmo a observação constante. Ela só será formativa para o aluno se ele for comunicado dos resultados.

Janssen explica ainda que os instrumentos utilizados devem ter coerência com a prática diária. "Não é possível ser construtivista na hora de ensinar e tradicional na hora de avaliar", explica. Outro ponto a ser lembrado por todo professor: cada conteúdo ou matéria exige uma forma diferente de ensinar e também de avaliar. "Não posso fazer uma prova e perguntar: você é solidário?", exemplifica. "É preciso criar uma situação em que seja possível verificar isso."

Os instrumentos devem contemplar também as diferentes características dos estudantes. "Quem avalia sempre por meio de seminários prejudica aquele que tem dificuldades para se expressar oralmente", exemplifica. A viabilidade é outro ponto essencial. Ao planejar um questionário, deve-se evitar textos ambíguos e observar o tempo que será necessário para respondê-lo adequadamente.

Qualquer que seja o instrumento que adote, o professor deve ter claro se ele é relevante para compreender o processo de aprendizagem da turma e mostrar caminhos para uma intervenção visando sua melhoria.

Rodrigo: diferentes maneiras de avaliar
Várias estratégias de ensino, várias formas de avaliar. Nisso se baseiam as aulas de História para a 8ª série do professor Rodrigo Perla Martins, do Colégio Monteiro Lobato, em Porto Alegre. Aplicando uma série de tarefas avaliativas, ele consegue analisar formas de expressão do aluno, como ler e interpretar, redigir, desenhar, buscar informações. Os instrumentos são aplicados de acordo com o tema trabalhado e todas as impressões viram relatório.

O objetivo é sempre o mesmo: fazer Rodrigo descobrir como levar a turma a avançar mais.
1. Um dos temas trabalhados no ano passado foi navegações. Numa das avaliações, Rodrigo pediu uma produção visual, um desenho ou uma história em quadrinhos em que os alunos tinham de descrever o encontro entre nativos e portugueses na chegada destes ao Brasil, em 1500. "A maneira como os dois povos se relacionaram, o cenário, as roupas, os hábitos e a língua deveriam estar presentes na cena", diz Rodrigo.

2. Em seguida Rodrigo trabalhou os reflexos no Brasil de hoje da chegada dos colonizadores. É constante em seu planejamento a ponte entre fatos históricos e a atualidade. Depois de ler reportagens de jornais, a turma escreveu textos sobre os reflexos da colonização portuguesa na vida dos nativos hoje e sobre a relação entre as capitanias hereditárias e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Em exercícios como esse, ele pode analisar se os estudantes conseguem estabelecer relações, se os argumentos têm coerência, se os dados citados são precisos e se saem do senso comum.

3. Uma das estratégias de ensino de Rodrigo são os seminários, leituras de textos acompanhadas por ele. Um desses textos foi a carta de Pero Vaz de Caminha. "Surgem perguntas e idéias ótimas durante a discussão", revela Rodrigo. A estratégia é perfeita para que ele analise as dúvidas e o raciocínio que o aluno está fazendo. Para finalizar, pediu uma nova produção de texto, desta vez uma carta aos portugueses. O objetivo, contar as impressões de quem pusesse os pés pela primeira vez no Brasil hoje.

Conceitos não assimilados ou objetivos não atingidos são sempre revistos. E isso pode ocorrer em atividades interdisciplinares. Com a professora de Arte, Rodrigo retomou os aspectos culturais do encontro entre portugueses e índios. Os alunos capturaram imagens na internet e reconstruíram a cena.

4. As dificuldades mais sérias são trabalhadas em atividades complementares, realizadas num horário extra. "Pode ser uma pesquisa dirigida na biblioteca, seguida de uma nova produção de texto", cita. Nessa pesquisa, o professor analisa se o estudante consegue construir um conceito com as próprias palavras, em vez de apenas copiar, ou expressar um ponto de vista próprio. Apesar de não existir uma só verdade histórica, é possível avaliar se as idéias são mais ou menos coerentes com as fontes consultadas.

A cada etapa do processo avaliativo o professor elege alguns aspectos e objetivos a analisar. "Sistematizando essas etapas, ao final do tema navegações eu tinha uma visão geral de cada um ao longo de todo o processo", finaliza Rodrigo.
Trocando em miúdos
No trabalho de Rodrigo, a avaliação visa à melhoria da aprendizagem porque... 

o professor não tem a preocupação de classificar melhores e piores, mas de fazer com que todos aprendam. Para isso, diversifica o planejamento;

os alunos são respeitados em sua individualidade e podem observar seus progressos em relação a si próprios, dentro do ritmo de aprendizagem de cada um.
Quer saber mais?
Colégio Cenecista José Elias Moreira, R. Coronel Francisco Gomes, 1290, 89202-250, Joinville, SC, tel. (47) 431-0900

Colégio Monteiro Lobato, R. 14 de julho, 687, 91340-430, Porto Alegre, RS, tel. (51) 3328-3640

Escola Municipal dos Coelhos, R. dos Coelhos, 591, 50070-550, Recife, PE, tel. (81) 3222-9877

BIBLIOGRAFIA
Avaliação: Da Excelência à Regulação das Aprendizagens entre Duas Lógicas, Philippe Perrenoud, 183 págs., Ed. Artmed, tel. (0_ _51) 330-3444, 32 reais

Avaliação Educacional, Heraldo Marelim Vianna, 193 págs., Ed. Ibrasa, tel. (11) 3107-4100, 30 reais

Avaliação Desmistificada, Charles Hadji, 136 págs., Ed. Artmed, 29 reais

Avaliação Mediadora, Jussara Hoffmann, 197 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3311-7177, 26 reais

Avaliação: Mito & Desafio, Jussara Hoffmann, 118 págs., Ed. Mediação, 24 reais

Avaliar para Promover, Jussara Hoffmann, 217 págs., Ed. Mediação, 28 reais

Erro e Fracasso na Escola, Julio Groppa Aquino, 153 págs., Ed. Summus, tel. (11) 872-3322, 24 reais
Publicado em JANEIRO 2003.